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segunda-feira, 14 de maio de 2012

PALAVRA DE QUEM ENTENDE DO ASSUNTO


I MOSTRA DE ARTE E CULTURA DA ESCOLA MUNICIPAL PROF ADELINA FERNANDES


PROFESSORA

domingo, 13 de maio de 2012

FOTOS DA ESCOLA MUNICIPAL PROFª ADELINA FERNANDES

FRENTE DA ESCOLA
QUADRA COBERTA
PÁTIO CENTRAL

EQUIPE PEDAGÓGICA
REFEITÓRIO/AUDITÓRIO COM PALCO

HORTA ESCOLAR
ÁREA LIVRE PARA O RECREIO




sexta-feira, 4 de maio de 2012


24 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão

1. Como ter certeza de que um aluno com deficiência está apto a frequentar a escola? 
Aos olhos da lei, essa questão não existe - todos têm esse direito. Só em alguns casos é necessária uma autorização dos profissionais de saúde que atendem essa criança. É dever do estado oferecer ainda uma pessoa para ajudar a cuidar desse aluno e todos os equipamentos específicos necessários. "Cabe ao gestor oferecer as condições adequadas conforme a realidade de sua escola", explica Daniela Alonso, psicopedagoga especializada em inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. 

2. As turmas que têm alunos com deficiência devem ser menores? 
Sim, pois grupos pequenos (com ou sem alunos de inclusão) favorecem a aprendizagem. Em classes numerosas, os professores encontram mais dificuldade para flexibilizar as atividades e perceber as necessidades e habilidades de cada um. 

3. Quantos alunos com deficiência podem ser colocados na mesma sala? 
Não há uma regra em relação a isso, mas em geral existem dois ou, em alguns casos, três por sala. Vale lembrar que a proporção de pessoas com deficiência é de 8 a 10% do total da população. 

4. Para torna a escola inclusiva, o que compete às diversas esferas de governo? 
"O governo federal presta assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para o acesso dos alunos e a formação de professores", explica Claudia Pereira Dutra, secretária de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC). Os gestores estaduais e municipais organizam sistemas de ensino voltados à diversidade, firmam e fiscalizam parcerias com instituições especializadas e administram os recursos que vêm do governo federal.

5. Quem tem deficiência aprende mesmo? 
Sem dúvida. Sempre há avanços, seja qual for a deficiência. Surdos e cegos, por exemplo, podem desenvolver a linguagem e o pensamento conceitual. Crianças com deficiência mental podem ter mais dificuldade para se alfabetizar, mas adquirem a postura de estudante, conhecendo e incorporando regras sociais e desenvolvendo habilidades como a oralidade e o reconhecimento de sinais gráficos. "É importante entender que a escola não deve, necessariamente, determinar o que e quando esse aluno vai aprender. Nesses casos, o gestor precisa rever a relação entre currículo, tempo e espaço", afirma Daniela Alonso. 

6. Ao promover a inclusão, é preciso rever o projeto político pedagógico (PPP) e o currículo da escola? 
Sim. O PPP deve contemplar o atendimento à diversidade e o aparato que a equipe terá para atender e ensinar a todos. Já o currículo deve prever a flexibilização das atividades (com mais recursos visuais, sonoros e táteis) para contemplar as diversas necessidades. 

7. Em que turma o aluno com deficiência deve ser matriculado? 
Junto com as crianças da mesma idade. "As deficiências física, visual e auditiva não costumam representar um problema, pois em geral permitem que o estudante acompanhe o ritmo da turma. Já os que têm deficiência intelectual ou múltipla exigem que o gestor consulte profissionais especializados ao tomar essa decisão", diz Daniela Alonso. Um aluno com síndrome de Down, por exemplo, pode se beneficiar ficando com um grupo de idade inferior à dele (no máximo, três anos de diferença). Mas essa decisão tem de ser tomada caso a caso. 

8. Alunos com deficiência atrapalham a qualidade de ensino em uma turma? 
Não, ao contrário. Hoje, sabe-se que todos aprendem de forma diferente e que uma atenção individual do professor a determinado estudante não prejudica o grupo. Daí a necessidade de atender às necessidades de todos, contemplar as diversas habilidades e não valorizar a homogeneidade e a competição. 

9. Como os alunos de inclusão devem ser avaliados? 
De acordo com os próprios avanços e nunca mediante critérios comparativos. Esse é o modelo adotado na EM Valentim João da Rocha, em Joinville, a 174 quilômetros de Florianópolis". Os professores devem receber formação para observar e considerar o desenvolvimento individual, mesmo que ele fuja dos critérios previstos para o resto do grupo", explica Rossana Ramos, professora da Universidade de Pernambuco (UPE). Quando o estudante acompanha o ritmo da turma, basta fazer as adaptações, como uma prova em braile para os cegos. 

10. A nota da escola nas avaliações externas cai quando ela tem estudantes com deficiência? 
Em princípio, não. Porém há certa polêmica em relação aos casos de deficiência intelectual. O MEC afirma que não há impacto significativo na nota. Já os especialistas dizem o contrário. Professores costumam reclamar disso quando o desempenho da escola tem impacto em bônus ou aumento salarial. "O ideal seria ter provas adaptadas dentro da escola ou, ao menos, uma monitoria para que os alunos pudessem realizá-las. Tudo isso, é claro, com a devida regulamentação governamental", defende Daniela Alonso. Enquanto isso não acontece, cabe aos gestores debater essas questões com a equipe e levá-las à Secretaria de Educação.

11. É possível solicitar o apoio de pessoal especializado? 
Mais do que possível, é necessário. O aluno tem direito à Educação regular em seu turno e ao atendimento especializado no contraturno, responsabilidade que não compete ao professor de sala. Para tanto, o gestor pode buscar informações na Secretaria de Educação Especial do MEC, na Secretaria de Educação local e em organizações não governamentais, associações e universidades. Além do atendimento especializado, alunos com deficiência têm direito a um cuidador, que deve participar das reuniões sobre o acompanhamento da aprendizagem, como na EMEF Luiza Silvina Jardim Rebuzzi, em Aracruz, a 79 quilômetros de Vitória

12. Como integrar o trabalho do professor ao do especialista? 
Disponibilizando tempo e espaço para que eles se encontrem e compartilhem informações. Essa integração é fundamental para o processo de inclusão e cabe ao diretor e ao coordenador pedagógico garantir que ela ocorra nos horários de trabalho pedagógico coletivo. 

13. Como lidar com as inseguranças dos professores? 
Promovendo encontros de formação e discussões em que sejam apresentadas as novas concepções sobre a inclusão (que falam, sobretudo, das possibilidades de aprendizagem). "O contato com teorias e práticas pedagógicas transforma o posicionamento do professor em relação à Educação inclusiva", diz Rossana Ramos. Nesses encontros, não devem ser discutidas apenas características das deficiências. "Apostamos pouco na capacidade desses alunos porque gastamos muito tempo tentando entender o que eles têm, em vez de conhecer as experiências pelas quais já passaram", afirma Luiza Russo, presidente do Instituto Paradigma, de São Paulo. 

14. Como preparar os funcionários para lidar com a inclusão? 
Formação na própria escola é a solução, em encontros que permitam que eles exponham dificuldades e tirem dúvidas. "Esse diálogo é uma maneira de mudar a forma de ver a questão: em vez de atender essas crianças por boa vontade, é importante mostrar que essa demanda exige a dedicação de todos os profissionais da escola", diz Liliane Garcez, da comissão executiva do Fórum Permanente de Educação Inclusiva e coordenadora de pós-graduação de Inclusão no Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz (Cevec). É possível também oferecer uma orientação individual e ficar atento às ofertas de formação das Secretarias de Educação.

15. Como trabalhar com os alunos a chegada de colegas de inclusão? 
Em casos de deficiências mais complexas, é recomendável orientar professores e funcionários a conversar com as turmas sobre as mudanças que estão por vir, como a colocação de uma carteira adaptada na classe ou a presença de um intérprete durante as aulas. Quando a inclusão está incorporada ao dia a dia da escola, esses procedimentos se tornam menos necessários. 

16. O que fazer quando o aluno com deficiência é agressivo? 
A equipe gestora deve investigar a origem do problema junto aos professores e aos profissionais que acompanham esse estudante. "Pode ser que o planejamento não esteja contemplando a participação dele nas atividades", afirma Daniela Alonso. Nesse caso, cabe ao gestor rever com a equipe a proposta de inclusão. Se a questão envolve reclamações de pais de alunos que tenham sido vítimas de agressão, o ideal é convidar as famílias para uma conversa. 

17. O que fazer quando a criança com deficiência é alvo de bullying? 
É preciso elaborar um projeto institucional para envolver os alunos e a comunidade e reforçar o trabalho de formação de valores. 

18. Os pais precisam ser avisados que há um aluno com deficiência na mesma turma de seu filho? 
Não necessariamente. O importante é contar às famílias, no ato da matrícula, que o PPP da escola contempla a diversidade. A exceção são os alunos com quadro mais severo - nesses casos, a inclusão dá mais resultado se as famílias são informadas em encontros com professores e gestores. "Isso porque as crianças passam a levar informações para casa, como a de que o colega usa fralda ou baba. E, em vez de se alarmar, os pais poderão dialogar", diz Daniela Alonso. 

19. Como lidar com a resistência dos pais de alunos sem deficiência? 
O argumento mais forte é o da lei, que prevê a matrícula de alunos com deficiência em escolas regulares. Outro caminho é apresentar a nova concepção educacional que fundamenta e explica a inclusão como um processo de mão dupla, em que todos, com deficiência ou não, aprendem pela interação e diversidade. 

20. Uma criança com deficiência mora na vizinhança, mas não vai à escola. O que fazer? 
Alertar a família de que a matrícula é obrigatória. Ainda há preconceito, vergonha e insegurança por parte dos pais. Quebrar resistências exige mostrar os benefícios que a criança terá e que ela será bem cuidada. É o que faz a diretora da EM Osório Leônidas Siqueira, em Petrolina, a 765 quilômetros do Recife (leia mais no quadro abaixo). Os períodos de adaptação, em que os pais ficam na escola nos primeiros dias, também ajudam. Se houver recusa em fazer a matrícula, é preciso avisar o Conselho Tutelar e, em último caso, o Ministério Público.


21. Como preparar os vários espaços da escola? 
Ao buscar informações nas Secretarias de Educação e instituições que apoiam a inclusão, cabe ao gestor perguntar sobre tudo o que está disponível. O MEC libera recursos financeiros para ações de acessibilidade física, como rampas e elevadores, sinalização tátil em paredes e no chão, corrimões, portas e corredores largos, banheiros com vasos sanitários, pias e toalheiros adaptados e carteiras, mesas e cadeiras adaptadas. É fato, porém, que há um grande descompasso entre a demanda e a disponibilização dos recursos. O processo nem sempre é rápido e exige do gestor criatividade para substituir a falta momentânea do material. 

22. Há diferença entre a sala de apoio pedagógico e a de recursos? 
A primeira é destinada a qualquer aluno que precise de reforço no ensino. Já a sala de recursos oferece o chamado Atendimento Educacional Especializado (AEE) exclusivamente para quem tem deficiência, algum transtorno global de desenvolvimento ou altas habilidades.


23. É preciso ter uma sala de recursos dentro da própria escola? 
Se possível, sim. A lei diz que, no turno regular, o aluno com deficiência deve assistir às aulas na classe comum e, no contraturno, receber o AEE preferencialmente na escola. Existem duas opções para montar uma sala de recursos: a multifuncional (que o MEC disponibiliza) tem equipamentos para todas as deficiências e a específica (modelo usado por algumas Secretarias) atende a determinado tipo de deficiência. Enquanto a sala não for implantada, o gestor deve procurar trabalhar em parceria com o atendimento especializado presente na cidade e fazer acordos com centros de referência - como associações, universidades, ONGs e instituições conveniadas ao governo. 

24. Como requisitar material pedagógico adaptado para a escola? 
Áudio-livros, jogos, computadores, livros em braile e mobiliário podem ser requisitados à Secretaria de Educação local e ao MEC. "Para isso, é preciso que a Secretaria de Educação apresente ao MEC um Plano de Ações Articuladas", explica Claudia Dutra.
                                                                                                                                    Texto extraído da Revista Nova Escola

quarta-feira, 2 de maio de 2012

CONTANDO E RECONTANDO NO AMBIENTE DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS

Escrever, contar histórias... criar aventuras... realizar desejos através da contação de histórias! É maravilhoso observar um adolescente ousando tornar-se autor/leitor de sua própria história.O leitor começa a se formar através das suas percepções no contato com o meio, através das experiências de vida. A leitura é a melhor forma de aprendizagem, refletindo na interdisciplinaridade que nos proporciona o currículo escolar. Refletir sobre a importância do escrever na formação do leitor / escritor através da escrita espontânea e da diversidade textual, leva-nos a discutir sobre o quanto é imprescindível ao educando pensar, escrever, ler o que escreveu, refletir sobre sua própria escrita e expor à apreciação do grupo ao qual pertence. Esse é todo um processo de extrema importância para o crescimento cognitivo, emocional, psicológico, social, afetivo e espiritual do sujeito. A criança escreve a partir de sua compreensão de mundo e do que é significativo para ela como aprendiz. Portanto, analisar suas produções escritas é perceber essa atividade como fator significativo no processo de desenvolvimento e construção do sujeito, é extrair as relações referenciais e ter uma visão global de si mesmo. Para o educando se dispor a ler é preciso ter o desejo dessa leitura; e para o desejo figurar nesse contexto é necessário que o sujeito seja seduzido pela escrita, que ele tenha motivos para ler, que se interesse pela informação. É na expressão dos seus sentimentos e expectativas que o sujeito se sente parte do grupo, socializando seus pensamentos, contribuindo dessa maneira para a construção dos conceitos dentro do contexto em que está inserido, aprende a argumentar, discutir, expor suas convicções numa demonstração de genuína cidadania.Todo o conhecimento da infância é construído através das brincadeiras, dos jogos, mas também, e principalmente, através das histórias contadas por pessoas com as quais convivemos, em especial, dos familiares, fortalecendo, dessa forma, os laços afetivos. A importância do contato da criança com o livro é profunda, tanto no aspecto da aprendizagem como na questão da ludicidade natural da infância. Permitir ao sujeito situações de manuseio de livros de diversos estilos, revistas, gibis, jornais, publicidades em geral, amplia a capacidade que o leitor / escritor já traz de seu convívio com o meio onde está inserido, a necessidade de conhecer mais do mundo e das pessoas com as quais convive, a afetividade entre os companheiros que trocam experiências em sala de aula.O desenvolvimento afetivo é o determinante no desejo de aprender, é básico em todo o processo de criatividade envolvendo a criança: atuando, observando e/ou criticando. Essas ações são fundamentais para a formação da personalidade do educando. Para isso, é necessário oferecer-lhe várias oportunidades nas quais possa se expressar num clima de liberdade e confiança.
Através, principalmente, da contação de histórias, pretende-se resgatar a amorosidade e a ternura predominante na criança existente em cada um de nós. Amorosidade essa, defendida por Paulo Freire, como um dos elementos básicos para sermos educadores exemplares. Resgatar a criança que mora em castelos, nas florestas encantadas, no imaginário de cada um de nós.Oportunizar a leitura e a escrita com prazer, com alegria, para o sujeito; fazendo-o compreender que pode “viajar”, encantar-se, envolver-se no enredo e com os personagens, é dar a ele condições de refletir sobre suas possibilidades de aprender, de sentir-se capaz de criar, produzir seus próprios textos, fazê-lo sentir-se autor, de conceber-se como ser vivo, atuante, participante de um grupo, com capacidade criadora, enfim, cidadão. Trabalhar a produção textual espontânea contribui, não apenas para o desenvolvimento cognitivo, mas e, principalmente, para a elevação da auto-estima. O respeito aos avanços e recuos da criança dentro do processo de aquisição da escrita é a base de uma relação saudável professor-aluno, além de proporcionar ao educando ensejos de criar sem a preocupação do certo ou errado.
                                                                           Professora Iracema Ferreira